Fé e ciência pelo clima

Nos dias 4 e 5 de outubro ocorreu no Vaticano o encontro ‘Fé e Ciência: Rumo à COP 26’, reunindo líderes religiosos e cientistas em torno de um apelo direcionado aos participantes da próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 26) que vai ocorrer de 1 a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia e terá a participação do Fé no Clima/ISER.  O evento no Vaticano foi organizado conjuntamente pela Santa Sé, Grã-Bretanha, anfitriã do evento da ONU, e a Itália, que atualmente lidera o Grupo dos 20.

O Papa Francisco e outras s representações religiosas (ortodoxa, islâmica, judaica, jainista, sikhi, protestante e evangélica) assinaram um documento que ressalta a importância do comprometimento dos governos com as metas para o clima já estabelecidas para evitar aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius. O texto aponta  que os países mais responsáveis ​​pelas emissões de gases de efeito estufa devem fornecer um “apoio financeiro substancial” às comunidades mais vulneráveis à crise climática. Além disso, os religiosos comprometeram-se a promover iniciativas educacionais e culturais visando desenvolver uma consciência ambiental que possa levar seus fiéis a terem estilos de vida mais sustentáveis.

Dentre os líderes convidados,  destaca-se a presença do único brasileiro e sul-americano, o  Bispo Abner Ferreira, evangélico pentecostal. Presidente da Assembleia de Deus, Ministério de Madureira, Bispo Abner tem mantido interlocução com o ISER em função da Iniciativa Fé no Clima. Em sua fala no evento ele afirmou que “o cristão não deve violar os mandamentos de Deus quanto à preservação das espécies por causa do progresso”. E concluiu citando seu pai, Bispo Primaz Manoel Ferreira que, comentando sobre os desafios da pandemia, defendeu: “Acima da ciência, só Deus”.

Essa interlocução rica entre fé e ciência para enfrentamento da crise climática tem sido uma ação contínua do ISER, especialmente nos últimos seis anos, com o programa Fé no Clima. Tal iniciativa tem contado com a participação de lideranças católicas, evangélicas, de matriz-africana, budista, indígena, judaica, muçulmana e outras.

Com ciência e fé, seguimos articulados pelo clima e o bem comum.

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