Na última quarta-feira, 6/7, foi a vez do Fé no Clima liderar uma das formações aulas do MUVUCA, o Programa de Ativismo Climático do Nossas. A convite da Iniciativa Fé no Clima – FnC, Rayana Burgos, Igor Bastos, Géssica Dias e Sérgio Besserman tiveram como missão falar aos jovens a respeito da intercessão entre fé eclima no contexto da crise climática. A mediação ficou por conta de Moema Salgado, membro da Iniciativa.
Abrindo as falas da noite, Rayana, que além de umbandista é ativista climática e cientista política, nos contou a respeito de como é a relação da natureza a partir da perspectiva da sua religião – a Umbanda: “(…) não tem como eu falar de Umbanda sem falar de indígenas e meio ambiente. A minha fé precisa da natureza para eu cultuar meus Orixás (…).
Em seguida, teve a palavra Igor Bastos. O jovem, que é católico e formado em engenharia, ressaltou que sua trajetória como ambientalista teve início com a sua participação na Pastoral da Terra. Ele, que também faz parte do Movimento de Católico Global pelo Clima, disse que foi nesse movimento que conseguiu conciliar o seu “lado” profissional e ambientalista. Ao final, Igor deixou uma importante mensagem aos jovens “Não deixem essa chama [o ativismo] se apagar. A sociedade […] precisa do engajamento de vocês ”.
A terceira a falar foi Géssica Dias, ela que é evangélica e que iniciou o seu ativismo ambiental a partir do seu trabalho como assistente social, disse que: “a minha relação com o Meio Ambiente eu digo que é um traçado de caminho que Deus colocou na minha vida”. Ela, que também realiza um processo de mobilização de outros jovens evangélicos a partir do grupo de estudos bíblicos Nós na Criação, acredita que é “preciso conhecer a bíblia a partir de uma perspectiva eco teológica”.
O último a se apresentar foi Sérgio Besserman. Ele que é um renomado economista e ambientalista e também um estudioso das mudanças climáticas há mais de duas décadas, trouxe um panorama da crise climática. Para Besserman, “Nós só temos chance [a humanidade] pela cultura, pelo que é humano. E na cultura, a espiritualidade está presente (…).